quarta-feira, março 16, 2005

Marinhas de Sal


O mais antigo documento conhecido sobre o sal português data do ano de 959. Neste refere-se, precisamente, uma doação de terras e marinhas de sal, feita lá para os lados de Aveiro, pela condessa Mumadona (essa mesmo que tanto agradou ao Mia Vasecto, ilustre leitor deste blog), ao mosteiro de São Salvador, em Guimarães. A tradição manteve-se e, ainda hoje, a zona de Aveiro é conhecida pelas suas vastas áreas de salinas, uma das imagens de marca da região.
Quem aqui chega durante os meses de Julho, Agosto e Setembro, pode observar o trabalho dos marnotos a juntar pacientemente o sal nos tanques cristalizadores com longas pás de madeira, a fazer pequenos montes de sal e, posteriormente, a armazená-lo junto às próprias salinas. Tarefas que fazem parte da arte da extracção do sal e que, noutros tempos, conferiram à região aveirense um cenário encantador, pintado por todos aqueles montículos brancos.
Hoje, existem apenas duas ou três marinhas, à entrada da cidade. É o que resta para manter viva a tradição secular.

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